Certa
vez li uma história que dizia que um garoto estava sempre pentelhando alguém e
deixando as pessoas magoadas com ele. Certo dia seu pai, sábio que era, deu-lhe
uma tábua e solicitou que o garoto pregasse um prego para cada mágoa gerada e
que quando a tábua estivesse cheia que voltasse para conversarem. Como se deduz
muito em breve o garoto já voltava com a
coitada da tábua parecendo uma exótica cama de faquir.
O
Pai então lhe deu outra missão, também prontamente cumprida. Para cada pedido
de desculpas um prego poderia ser arrancado. Como era muito dado a conversar,
logo regressou com a peneira, ou tábua, como quiser. Então veio o ensinamento,
que apesar da remoção do prego, aqueles furos eram as feridas de mágoa que
somente o tempo cicatriza. E se não queria as pessoas com muitas cicatrizes,
não deveríamos pôr-lhes pregos.
Vejo
na manutenção corretiva emergencial um conjunto de martelos e pregos. A
operação até diz que entende que o equipamento voltou a operar dentro do prazo
esperado. Mas no fundo, assim como o furo na tábua, seu desejo é que não
tivesse falhado.
A
falha deve ser tratada de maneira a fugir do círculo vicioso, criando um ciclo
de confiabilidade e previsibilidade. As ferramentas estão em todos os lugares:
Na equipe, na operação, na internet, em cursos especializados, em literatura
técnica. Exemplos são o planejamento de manutenção com um bom plano de
manutenção preventiva, ferramentas de qualidade total, preditiva em itens
estratégicos.
Do
ponto de vista de gestão ferramentas como MASP ou PDCA são fundamentais na
busca de soluções e desdobramentos de meta. É uma maneira com metodologia de
não só remover os pregos como também de não fazer mais furos. Mas só é válido com
bons planos de ações e um sério follow-up das pendências.
E
você já tem o diagnóstico da sua manutenção? Já sabe por onde começar o
trabalho? Lembre-se que deus ajuda quem cedo madruga.
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