domingo, 27 de outubro de 2013

A tábua da salvação


Certa vez li uma história que dizia que um garoto estava sempre pentelhando alguém e deixando as pessoas magoadas com ele. Certo dia seu pai, sábio que era, deu-lhe uma tábua e solicitou que o garoto pregasse um prego para cada mágoa gerada e que quando a tábua estivesse cheia que voltasse para conversarem. Como se deduz  muito em breve o garoto já voltava com a coitada da tábua parecendo uma exótica cama de faquir.
O Pai então lhe deu outra missão, também prontamente cumprida. Para cada pedido de desculpas um prego poderia ser arrancado. Como era muito dado a conversar, logo regressou com a peneira, ou tábua, como quiser. Então veio o ensinamento, que apesar da remoção do prego, aqueles furos eram as feridas de mágoa que somente o tempo cicatriza. E se não queria as pessoas com muitas cicatrizes, não deveríamos pôr-lhes pregos.
Vejo na manutenção corretiva emergencial um conjunto de martelos e pregos. A operação até diz que entende que o equipamento voltou a operar dentro do prazo esperado. Mas no fundo, assim como o furo na tábua, seu desejo é que não tivesse falhado.
A falha deve ser tratada de maneira a fugir do círculo vicioso, criando um ciclo de confiabilidade e previsibilidade. As ferramentas estão em todos os lugares: Na equipe, na operação, na internet, em cursos especializados, em literatura técnica. Exemplos são o planejamento de manutenção com um bom plano de manutenção preventiva, ferramentas de qualidade total, preditiva em itens estratégicos.
Do ponto de vista de gestão ferramentas como MASP ou PDCA são fundamentais na busca de soluções e desdobramentos de meta. É uma maneira com metodologia de não só remover os pregos como também de não fazer mais furos. Mas só é válido com bons planos de ações e um sério follow-up das pendências.

E você já tem o diagnóstico da sua manutenção? Já sabe por onde começar o trabalho? Lembre-se que deus ajuda quem cedo madruga.

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