segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Trabalhando o Pensamento Enxuto - Parte 4


            O desperdício da Movimentação.
            Quem em manutenção nunca ficou ‘p’ da vida com aquele sujeito que toda hora está na janelinha do almoxarifado. Primeiro é o parafuso, depois a porca, agora uma arruela, daqui a pouco a cola, etc. O pessoal do PCM fica uma fera com o sujeito.
            Lógico que a supervisão tem sua parcela de culpa e deveria planejar melhor a execução do serviço, mas a cultura também ajuda bastante. Temos a ligeira tendência de pensar limitado: primeiro alhos... depois bugalhos. Assim perdemos a visão global e sistêmica do trabalho de manutenção e criamos a rotina do “parte à parte” interminável dentro de nossas oficinas.
            Pensar em minimizar a movimentação compreende em treinar equipes a pensar no todo, ter planos de manutenção funcionais e atuar em cima de desvios de condutas. Melhorar layouts, desde que você tenha claramente o processo e as movimentações desnecessárias, também favorece a minimização das movimentações.
            A movimentação geralmente provoca o desperdício de quem está em movimento e de quem é sendo distraído por este movimento.

Trabalhando o Pensamento Enxuto - Parte 3


            O desperdício da Superprodução. Sempre acontece! E nunca temos o que precisamos...
            Um dia, temos uma falha inesperada e o equipamento fica fora de operação aguardando uma peça específica ou um componente reserva. Como nossas ações nunca são em antecipar as falhas ou melhorar as maneiras de detecção, compramos um item a mais (armazenado fora de estoque) ou montamos mais itens reserva.
            Neste ciclo, nunca temos pessoas suficientes e nem espaço suficiente para atender esta demanda. Para piorar, nosso controle destes itens é falho e nunca sabemos o que temos no estoque “paralelo”. Neste quadro, muitas vezes compramos novamente um item que já temos e não é encontrado na hora que precisamos.
            Como estamos ocupados produzindo reservas e vasculhado “quartinhos” nos sentimos produtivos e é aí que entre o desperdício da superprodução.
            Ações de contingencia deste desperdício seriam o foco e estruturação de ações preditivas e preventivas de maneira a otimizar o uso e eficiência do planejamento da manutenção. A análise de falhas de maneira a realimentar os planos de manutenção ajuda e muito a estruturação do planejamento de manutenção.
            Assim, um pilar importante para se evitar os desperdícios é o do planejamento de manutenção, baseado em ações estruturadas de preventiva e preditiva bem como o uso estratégico da área de suprimentos.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Trabalhando o Pensamento Enxuto - Parte 2

O desperdício de Transporte. Quantas vezes já chegou algum equipamento no departamento de manutenção e como não havia um planejamento adequado retornou para a atividade e depois foi trazido novamente? Ou por exemplo, quando o técnico chega ao local de verificação/ reparo e tem que voltar para trás porque a parada não foi autorizada? Toda vez que despendemos energia para mobilizar equipamentos e pessoas e esta ação não produz resultado, é considerado um desperdício de transporte.
Muitas vezes este é um desperdício que passa despercebido, como acontece quando você lê um relatório ou um informativo qualquer enviado a você e ao final de um tempo de leitura percebe que aquelas informações não agregam nada. Porém o tempo já foi gasto.
No pensamento LEAN temos que buscar minimizar as operações de transporte em excesso. Se você movimenta equipamentos em setores diversos de manutenção (ex: Hidráulica e Elétrica) e poderia estar efetuando a manutenção em um único lugar e reduzindo o tempo de manutenção, você não está alinhado com o pensamento LEAN.
Devemos olhar nosso processo como um todo, bem como seu LAY-OUT e tentar enxergar em quais etapas temos desperdício de transporte, e mais ainda buscarmos eliminar estes gargalos do processo. (Continuação do artigo http://stratosmanutencao.blogspot.com.br/2014/04/trabalhando-o-pensamento-enxuto-parte-1.html)

domingo, 6 de abril de 2014

Trabalhando o Pensamento Enxuto - Parte 1

           Lendo a pouco um artigo sobre LEAN e os oito desperdícios ( 8 D's), como maneira de voltar a escrever aqui depois de um longo período, retomo duas discussões. Os artigos  http://stratosmanutencao.blogspot.com.br/2013/12/reducao-de-custos-onde-entram-as-pessoas.html e http://stratosmanutencao.blogspot.com.br/2013/11/reducao-de-custos-o-aumento-da.html também me trazem novas reflexões.
       Através do texto de http://www.theproductivitypro.com/FeaturedArticles/article00138.htm em que o autor resume rapidamente os oito pontos do pensamento enxuto vejo que uma teoria relativamente "batida" ainda é mal interpretada e pior, pouco e mal aplicada por áreas que teriam grandes ganhos com seu uso.
         No caso da manutenção por exemplo, o que estamos fazendo pelo "defeito zero"? ou tornando nossas operações tão seguras que os acidentes de trabalho passarão a ser extremamente raros?.
       O que proponho nos próximos posts é uma curta avaliação de cada ponto dos desperdícios LEAN, como maneira de resgatar conceitos e buscar ilustrar aplicações. Ficam convidados também a retomar os estudos.