segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Redução de custos: Onde entram as pessoas?


Refletindo sobre o último artigo (http://stratosmanutencao.blogspot.com.br/2013/11/reducao-de-custos-o-aumento-da.html) comecei a procurar as tais perguntas certas. Uma delas é onde entram as pessoas?

                Se buscarmos aumento de produtividade, estamos no fundo buscando fazer as coisas de maneira diferente. Aí surge uma nova palavra: Inovação.  E quem traz ou faz inovação nas empresas? As pessoas. Mas como promover uma tempestade de participações e sugestões de melhoria contínua na nossa equipe?  Como selecionar boas idéias, colocá-las em prática e premiá-las?

                Tenho retomado o estudo e tentado colocar em prática o Circulo de Controle da Qualidade (CCQ) com um pequeno grupo, discutindo sobre SMS e disponibilidade. Bem como presenciado um ciclo de coleta de sugestões de melhoria de um item específico de qualidade pelo lado da operação. Ambas as iniciativas tem nos mostrado uma fonte subestimada de idéias: as pessoas.

                E como colocado no último artigo e citando novamente o professor Falconi, Gerenciar é atingir Metas e Liderar é atingir metas através das pessoas. Fica a dica.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Redução de custos - O aumento da produtividade é a alternativa.

     Fazer mais com menos. Palavra de ordem de qualquer gestor da atualidade. O maior resultado da equação do resultado financeiro sobre o custo de se produzir algo, ou produtividade. E aí está. Quais as perguntas que vão trazer as melhores respostas, ou as causas fundamentais para se aumentar a produtividade. E por outro lado, quando não encontramos estas respostas, alguém corta os recursos que julgamos serem os mínimos necessários para as coisas acontecerem.
     É chegada a época, principalmente no setor sucroenergético, de rever os resultados obtidos e fazer novas propostas estratégicas para o ano seguinte. Mas e as apostas feitas para o ano corrente? Estão sendo revistas de maneira a perpetuarem as boas práticas? E os resultados negativos? A coragem de encarar os resultados negativos até o cerne da questão e "tomar atitude", diferencia quem preza pelo aumento da produtividade e do valor da empresa, de quem está só a passeio.
    Segundo o professor Falconi nos ensina, gerenciar é atingir metas. E aumentar a produtividade é uma meta que devemos buscar constantemente. E pela mesma filosofia, temos que ser os melhores do mundo naquilo que fazemos. E aí, como está nossa produtividade?


 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

ATI - Qualidade versus facilidade


      Certa vez li num blog uma história sobre um urubu e um pavão que viviam em uma planíce. Tratava, segundo alguns, de um conto japonês muito antigo. Os dois cruzam com o intuito de potencializar, como que num insight divino, as qualidade de ambos. Mas nasce o peru, totalmente diferente do resultado esperado. Enfim quem buscar pelos termos acima encontrará uma agradável história da origem da "Gambiarra".
 
     Asim sendo, vamos ao famoso ATI - Ajuste Técnico Improvisado. Quem nunca fez que atire a primeira bolinha de Durepox*. É muito  difícil para um gestor de manutenção (ou pelo menos
 para alguns) não conseguir manter a originalidade de certo equipamento, seja para agilizar, seja por não haver solução no momento. Quando a máquina para, todos os olhos se voltam para a manutenção e ai meu amigo surgem as mais brilhantes soluções.
    
 De certa maneira é difícil remover a cultura do ATI, tão arraigada nos redutos de manutenção. Mas um bom planejamento, PCM eficiente, boas inspeções sempre trazem a tona estes itens, tornando fácil sua remoção. Mas também há as teias de aranha.
    
  Dizia um chefe meu que quando acostumamos com as "teias de aranha", não fazemos mais questão de limpá-las, logo passam a fazer parte do ambiente também. Ferramentas para fazer essa melhoria estão no vocabulário de todo gestor moderno: 5s, PDCA, treinamento, blá-blá-blá, etc (http://stratosmanutencao.blogspot.com.br/2013/10/estrategia-planejamento-e-execucao.html). E você? Está fazendo o quê com as suas?
 
 
* Durepoxi é uma marca registrada Henkel



sábado, 9 de novembro de 2013

E você? Como cuida da geração de resíduos de sua empresa?

       É lamentável encontramos esta situação em qualquer área livre de nossas cidades ou mesmo em áreas rurais.
      Agora fica a questão. Sua empresa de fato gerencia os resíduos gerados nas operações? O processo é confiável? E quando há operações terceirizadas, como são acompanhadas? 
       Penso que devemos tratar todas nossas operações, próprias ou terceirizadas, com o mesmo afinco de nossas normas ISOs, certificações BONSUCRO, e outras.
       Mas ainda fica a dúvida: aquele óleo trocado no campo, isso aquele "queimado", volta todas as vezes para a empresa? É dado o destino correto? Você que está lendo, alguma vez foi ver? Talvez seja melhor olhar de novo, vai que o tambor de óleo acima seja seu.
      Dá até pra retomar o assunto do post http://stratosmanutencao.blogspot.com.br/2013/10/a-manutencao-nossa-de-cada-dia.html .

domingo, 3 de novembro de 2013

Entressafra: A Grande Parada!

    Vem chegando o verão, e, juntamente com as chuvas, as usinas do sudeste se preparam para mais uma entressafra na colheita de cana de açúcar. São os mais diversos equipamentos que passarão por algum tipo de manutenção, com os mais variados processos e metodologias sobre o que fazer.

    Pensando somente em colhedoras de cana, temos que considerar que este equipamento processou algo em torno de 100.000 toneladas de cana e trabalhou de 3.000 a 4.000 horas. Normalmente temos uma idade média destes equipamentos acima de 2 ou 3 safras, com diversos conjuntos engrenados e um chassi carente de caldeiraria.

    Para a equipe de manutenção, é chegado o momento de se colocar à prova. Qual o prazo? Quais equipamentos devem ser revisados? De quais recursos dispomos? Isto tudo feito de maneira coordenada e com resultados positivos é que separa uma boa equipe de manutenção de uma ruim.

     O Prazo é sempre o mais cruel de todos os controles, já que tem sido espremido pelo aumento dos períodos de safra nos últimos anos. Mas ainda assim, quase sempre é um fator conhecido e é ponto crucial de todo o planejamento da revisão de entressafra. Este item também determina, depois de conhecidos outros pontos de demanda de trabalhos, a jornada de trabalho das equipes de manutenção e a necessidade de terceirização.

     Definido as datas de inicio e fim, vem a verdadeira arte estratégica que terá impacto direto na próxima safra: quais equipamentos revisar e o que fazer? O Plano de manutenção preventiva, as análises preditivas, inspeções de equipamentos, últimas intervenções, etc, são o primeiro caminho. Uma boa classificação junto a operação dos seus equipamentos prioritários (ABC) é o refino da informação anterior. Mas a cereja deste bolo é a previsão dos gastos, que é o fator determinante de todos os outros itens, junto com o tempo.

     Conhecendo os equipamentos a serem revisados, os prazos e quanto se pode gastar começa a clarear a vida da manutenção. E aí vem a previsão de consumo. O que solicitar para estoque? quanto deve ser este valor? Como não aumentar o volume residual de estoques ao final da entressafra? Tão importante quanto as peças sobressalentes é a criação de um cronograma de atividades. Um bom cronograma deve chegar ao melhor nível de detalhe, de maneira que não trave o processo, que seja fácil de ser acompanhado e que não surpreenda com erros graves na entrega do resultado.
   
     Passada toda a fase de planejamento, é chegada a hora. No desenrolar dos dias de revisão, como mostrar a equipe a evolução do trabalho? De que maneira a operação vai assumir junto o que vem sendo feito em seus equipamentos? Como está o controle de gastos? Volte um pouco então e reflita sobre tudo isto na fase de planejamento. Bem como todas as premissas de saúde e segurança do trabalho e gerenciamento de resíduos.

    Como visto, nem tudo são flores. A definição de uma grande parada como está e envolvendo muitas vezes equipamentos tão diferentes não pode ser negligenciada a amadores. Uma vez que otimizar prazos e custos envolve uma boa dose de conhecimentos técnicos e de modernas práticas de gestão. Deve-se buscar sempre suporte tecnológico como auxílio estratégico como softwares de projetos, planilhas eletrônicas e softwares dedicados de manutenção.

    E lembre-se, a disponibilidade de seus equipamentos só terão uma recuperação considerável para a safra seguinte, com um bom planejamento das atividades desenvolvidas na entressafra.
    

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A Manutenção nossa de cada dia

         Quem nunca cruzou com aquele lindo caminhão carga seca, indo de vento em polpa nos seus 10 km/h, ao longo daquela imensa colina? A fumaça que sai é quase um nevoeiro londrino. Com a suspensão defeituosa quase não dá pra saber em que faixa ele vai ficar. E se ele vem ladeira abaixo empolgado na sua direção, meu Deus, dá até pra fechar os olhos.


Fonte: http://blogdocaminhoneiro.com/wp-content/uploads/2011/11/polui%C3%A7%C3%A3o-caminhao.jpg

        Pra quem já viu alguma coisa, imagina que se o cidadão não cuida do insumo básico que leva boa parte do seu capital, como ele faz com o restante. Pendencias como folgas no sistema de direção e falhas de freios são os primeiro da lista. Extensa lista!

        Se levarmos em conta que a idade média dos caminhões brasileiros é perto de 11 anos segundo um estudo do Sindipeças de 2011, ficamos relativamente tranquilos. Porém o mesmo estudo mostra que até 33% tem mais de 12 anos em circulação. Pergunto, seu sentimento em relação a uma manutenção preventiva é o de que ela ocorre na sua plenitude?

        Para quem não entende onde quero chegar, a busca "acidentes por falta de freios" no Google traz 720.000 citações e uma reportagem do site Carga Pesada (http://www.cargapesada.com.br/edicoesanteriores/edicao136/freios136.php) diz terem ocorrido 40.000 mortes no transito em 2006.

       A função das operações de qualquer manutenção de frota é garantir requisitos mínimos de uma operação segura, fortalecendo este conceito ao operador do maquinário. Desenvolver uma cultura de gestão de indicadores de desempenho, buscando o  melhor retorno sobre o capital investido. Escolher entre se justificar e fazer fumaça ou obter o retorno do ativo. Eis o que tem pra hoje.

domingo, 27 de outubro de 2013

A tábua da salvação


Certa vez li uma história que dizia que um garoto estava sempre pentelhando alguém e deixando as pessoas magoadas com ele. Certo dia seu pai, sábio que era, deu-lhe uma tábua e solicitou que o garoto pregasse um prego para cada mágoa gerada e que quando a tábua estivesse cheia que voltasse para conversarem. Como se deduz  muito em breve o garoto já voltava com a coitada da tábua parecendo uma exótica cama de faquir.
O Pai então lhe deu outra missão, também prontamente cumprida. Para cada pedido de desculpas um prego poderia ser arrancado. Como era muito dado a conversar, logo regressou com a peneira, ou tábua, como quiser. Então veio o ensinamento, que apesar da remoção do prego, aqueles furos eram as feridas de mágoa que somente o tempo cicatriza. E se não queria as pessoas com muitas cicatrizes, não deveríamos pôr-lhes pregos.
Vejo na manutenção corretiva emergencial um conjunto de martelos e pregos. A operação até diz que entende que o equipamento voltou a operar dentro do prazo esperado. Mas no fundo, assim como o furo na tábua, seu desejo é que não tivesse falhado.
A falha deve ser tratada de maneira a fugir do círculo vicioso, criando um ciclo de confiabilidade e previsibilidade. As ferramentas estão em todos os lugares: Na equipe, na operação, na internet, em cursos especializados, em literatura técnica. Exemplos são o planejamento de manutenção com um bom plano de manutenção preventiva, ferramentas de qualidade total, preditiva em itens estratégicos.
Do ponto de vista de gestão ferramentas como MASP ou PDCA são fundamentais na busca de soluções e desdobramentos de meta. É uma maneira com metodologia de não só remover os pregos como também de não fazer mais furos. Mas só é válido com bons planos de ações e um sério follow-up das pendências.

E você já tem o diagnóstico da sua manutenção? Já sabe por onde começar o trabalho? Lembre-se que deus ajuda quem cedo madruga.

Estratégia, planejamento e execução.

            Um belo dia sai aquele grande tucho de fumaça, ou pior ainda, o carro “morre” no meio do transito caótico. Num outro, você chega mais cedo em casa já que a produção parou devido a uma falha no sistema. Assim como outros excedem suas jornadas tentando colocar ordem no caos da quebra.
            Manter funcionando. Operando. Trabalhando com custo otimizado. Carregar o ônus da falha e ser esquecido nos tempos de bonança. E tudo isso ainda atrai e brilha os olhos da “turma da graxa”. O que tem nesse lugar chamado Manutenção? Estratégia, planejamento e execução. Paixão.
            Corrige a bomba que queimou com o mesmo detalhe com que faz uma inspeção nas soldas de um reservatório. Planeja a troca de óleo de um sistema ou um rodízio de pneus com detalhe e esmero. Busca sempre as causas para minimizar as falhas. Em suas mãos está a confiabilidade. O custo de reparo. A capacidade plena do Ativo.
            Em tempos idos, houve quem disse que a manutenção passava metade do dia se defendendo e só depois trabalhando. Nos dias modernos somos função estratégica. Combinando corretivas, preventivas, preditivas, baseada nas condições, priorizando os recursos fundamentais da produção, otimizando os gastos e fazendo parte essencial das decisões.
            E não para. Técnicas modernas de gestão, engenharia de manutenção e tecnologia da informação vem dia-a-dia auxiliando os profissionais da manutenção a se tornarem parte fundamental dos processos. O aprendizado tem que ser palavra de ordem no dia a dia deste setor, mantendo todos atualizados e sempre buscando formas diferentes de fazer e aumentando a competitividade das empresas.

            E aí? O que estamos fazendo? Estratégia ou correria? Metodologia ou indo “de barriga”?. A manutenção é o papel do momento e seus atores devem representar bem esse personagem. O foco na produtividade e aumento da competitividade tem que embasar qualquer missão do setor de manutenção. E sim, feriado é dia normal, ponto.